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Tributos e burocracia são os maiores desafios para o crescimento do comércio, diz pesquisa

Tributos e burocracia são os maiores desafios para o crescimento do comércio, diz pesquisa

Estudo realizado pela CNDL e o Sebrae também mostra que varejistas estão buscando novos canais de vendas e informações para digitalização dos negócios

A alta carga tributária e a burocracia são apontadas por 86% dos varejistas como os principais desafios para o avanço da economia brasileira. Os números são resultado da pesquisa Desafio do Varejo, divulgada nesta terça-feira (28), durante o Fórum Nacional do Comércio, realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Sebrae.

O estudo mostrou ainda que as transformações relativas à digitalização e modernização dos processos de gestão dos negócios também são desafios para os comerciantes. Apesar de 67% se considerarem inovadores, 41% dos entrevistados revelam que tomam decisões relevantes baseados em intuição, abstraindo os dados de seus negócios.

Apesar disso, a grande maioria já está ciente da importância da digitalização dos negócios e tem buscado conhecimento sobre o assunto. 83% dos pesquisados conhecem os principais recursos tecnológicos disponíveis para o segmento. As ferramentas mais populares são os meios de pagamento online (Mercado Pago, PayPal, PagSeguro, etc), usadas por pelo menos 25%; seguidas por tecnologias de pós-venda e atendimento ao cliente (20%) e aplicações que favoreçam os processos de troca de mercadorias, que são usadas por 18%.

Em relação à presença digital dos negócios, Instagram e Facebook são as redes sociais mais usadas pelos varejistas, com índices de 61% e 58%, respectivamente. A pesquisa mostra ainda um movimento de ascensão dos novos canais de e-commerce. A maioria dos entrevistados (52%) pretende adotar um novo canal de vendas online nos próximos 12 meses.

Desafios no varejo pós-pandemia

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destacou a importância do resultado da pesquisa para a elaboração de políticas públicas e ações das instituições envolvidas para prestar auxílio aos micro e pequenos negócios no movimento de retomada da economia. "Desde o início da pandemia, o Sebrae fez doze pesquisas diretas sobre o comportamento das MPE, sem falar nos estudos em parceria. A conclusão é que os empreendedores precisam de investimentos na modernização do ambiente de negócios, através de ações de desburocratização, conhecimento para realizar a digitalização dos negócios e incentivos para acionarem crédito ou consultorias de forma orientada", declarou.

"No primeiro momento a pandemia nocauteou a todos. Entretanto, com a vacinação já estamos preparados para retomar as atividades com segurança. O Sebrae está aqui para servir ao comércio, à agricultura, à população como um todo", completou. Melles ressaltou o investimento do Sebrae nos protocolos de segurança para a retomada das atividades comerciais, nos cursos online gratuitos que bateram recorde de matrículas e nas parcerias com grandes instituições para fomentar a digitalização dos negócios.

Na oportunidade, o presidente da CNDL, José César da Costa, enfatizou a força dos comerciantes para a economia brasileira. Segundo ele, as ações da CNDL contemplam mais de 84% da população, com representação em mais de dois mil municípios. "A maioria da população brasileira é alcançada por nossos serviços. São os comerciantes, todos eles, de forma pulverizada, por todos os estados que têm contato com o cliente. Temos que usar esse poder de influência excepcional para retomarmos o crescimento", incentivou.

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