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Busca por autonomia é o que mais encoraja profissionais a empreenderem no setor de serviços, aponta pesquisa

Busca por autonomia é o que mais encoraja profissionais a empreenderem no setor de serviços, aponta pesquisa

Levantamento realizado pelo GetNinjas busca traçar um perfil do empreendedor brasileiro e entender quais são suas dificuldades e expectativas

Um novo levantamento demonstrou que a busca por autonomia é o que mais impulsiona profissionais do setor de serviços a empreenderem no Brasil. Segundo dados da Pesquisa do Empreendedor 2024, realizada pelo GetNinjas, maior plataforma para contratação de serviços do Brasil, 61% dos entrevistados têm essa motivação como a principal em sua empreitada empreendedora, à frente de razões como flexibilidade de horário e falta de oportunidades no mercado formal.

Os números destacam que a oportunidade de lucros maiores foi o indutor de 41,47% dos profissionais entrevistados, enquanto a flexibilidade de horário foi o mais importante para 33,73% dos respondentes. A pesquisa foi realizada com mais de 60 mil profissionais cadastrados no GetNinjas que atendiam alguns critérios específicos, como atendimentos realizados nos últimos 90 dias. A confiabilidade do levantamento é de 95%, com margem de erro de 5%.

“Os dados dessa edição da pesquisa reforçam uma percepção que as informações do ano passado nos deram, de que o ato de empreender vem deixando de ser uma atitude desesperada, que ocorre por necessidade, e está cada vez mais se tornando uma opção para profissionais”, pontua Marília Dolce, Diretoria de Operações do GetNinjas. “Um dado que corrobora essa percepção é o crescimento de pessoas que têm a realização de paixões e interesses como motivação para empreender, que cresceu de 12,5% para 33,73%, demonstrando que o empreendedorismo cada vez mais é visto como um caminho viável para realizações no longo prazo”, pontua.

Cresce número de MEIs e profissionais buscam capacitação

Em sua segunda edição, a Pesquisa do Empreendedor mostrou que houve um aumento de cerca de 11,5% do número de profissionais enquadrados como MEIs (Microempreendedores Individuais), que são trabalhadores autônomos, que possuem uma empresa aberta mas atuam individualmente, com ganhos anuais de até R$ 81 mil (R$ 6.750 mensais). Entre os profissionais cadastrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) , cerca de 75% estão enquadrados como MEIs.

A pesquisa também questionou os profissionais sobre a realização de atividades ou cursos com relação ao empreendedorismo nos últimos dois anos. Cerca de 62% disseram ter feito alguma capacitação ou formação na área nesse período. Porém, mesmo que não buscou por meios de educação formal, procurou algum tipo de conteúdo que pudesse ajudar no crescimento profissional, seja em livros, blogs, sites, canais de vídeo ou podcasts. Os temas mais buscados foram: estratégia de negócios, desenvolvimento profissional, gestão financeira, marketing e experiência do cliente.

Desistir é cada vez menos uma opção

Embora o perfil do empreendedor brasileiro esteja mudando, alguns velhos problemas seguem incomodando os profissionais autônomos. A principal delas é a carga tributária elevada, que é considerada como uma grande dificuldade para empreender no Brasil para mais de 62% dos entrevistados, enquanto a burocracia excessiva é um problema relevante para em torno de 41%. “A burocratização de alguns processos tem sido cada vez mais vista como um problema para os empreendedores. Ano passado, por exemplo, esse tema foi o quinto mais citado, enquanto em 2024, alcançou a vice-liderança entre as dores dos profissionais autônomos”, analisa Marília.

No entanto, mesmo enfrentando altos impostos e uma dificuldade fora do comum para conseguir operacionalizar o pagamento deles, desistir não chega a ser uma opção para a maioria dos empreendedores, com em torno de 56% dos entrevistados não chegando a cogitar fechar suas empresas em nenhum momento.

“Mesmo se queixando de aspectos como dificuldade na captação de clientes, falta de acesso a crédito, instabilidade, concorrência desleal e impostos, o perfil do novo empreendedor do setor de serviços é de resiliência e pensamento de longo prazo, com capacitação permanente e consumo de conteúdo voltado para seu crescimento pessoal e profissional. Este perfil ajuda na criação de um terreno fértil para que o setor de serviços seja cada vez mais competitivo, mas com espaço para que mais profissionais prosperem dentro de suas respectivas áreas”, conclui o executivo.

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